“É muito mais importante sabermos qual pessoa a doença aflige do que qual doença aflige a pessoa” – Hipócrates.

Como sempre digo aos meus clientes e alunos: qual o seu nível de autoconhecimento?
Uma das principais características dos líderes está direcionada ao entendimento do seu próprio comportamento. Isto se justifica pela necessidade de entender a forma como tomamos nossas atitudes, como nos identificamos com as pessoas, como nos comportamos frente às decisões e, por fim, nossas reações a problemas, conflitos e situações adversas que acontecem no dia a dia.
Ora, se devo me conhecer, como fazer isso? Dentro do coaching, temos uma ferramenta fantástica – e ela é a primeira que eu uso nas sessões de coaching que aplico aos nossos clientes – chamada Análise de Perfil Comportamental.
Não é somente agora que tentamos entender a forma como nos comportamos. A tentativa de encontrar padrões e desvendar a complexidade do comportamento humano vem desde a Grécia antiga, quando Hipócrates – um estudioso que é considerado o pai da medicina ocidental – já trabalhava na definição do comportamento humano.
No começo do século 20, o psiquiatra suíço Carl Jung criou, em seus estudos, um modelo mais próximo do que temos agora. Ele expôs uma maneira como nós, seres humanos, nos relacionamos. E este relacionamento sempre é baseado em atitudes produtivas, sensitivas, intuitivas e analíticas que, independentemente de sua força e intensidade, sempre serão expostas de alguma forma.
Em 1928, finalmente, o psicólogo William Moulton Marston apresentou um método de compreensão dos padrões de personalidade e comportamento das pessoas, intitulad DISC – dominance (dominância), influence (influência), steadiness (estabilidade) e conscientious (consciência). Desde então, temos uma visão ampla da forma como as pessoas interagem, pensam e agem.
O que temos hoje é uma ferramenta baseada em uma plataforma digital que, através de uma pesquisa, nos dá informações de grande importância sobre o indivíduo e sua personalidade.
O resultado desta pesquisa nos ajuda a determinar quais forças e fraquezas apresentamos, de uma maneira que podemos interagir com possibilidades de mudanças, aperfeiçoamento e desenvolvimento de quem usa essa ferramenta. Assim, será possível formar um autoconhecimento bem estruturado.
Como já disse, e digo sempre, para nos comportamos de uma forma mais assertiva com outras pessoas é fundamental saber como somos. Se eu sou muito rápido ao pensar e falar, tenho que avaliar se a pessoa que estou interagindo tem a mesma velocidade. Caso contrário, pode parecer que estou conflitando com ela, e isto pode afastar esta pessoa de mim. O mesmo acontece com gestos, feições e postura. Isso se chama Rapport, tema do meu próximo artigo.

A Análise de Perfil Comportamental tem como principais características:

• Possibilitar o aprimoramento das habilidades de liderança e relacionamento interpessoal;
• Permitir a construção de metas congruentes com cada composição de perfil, levando-se em consideração os seus pontos fortes e pontos de melhoria;
• Diminuir conflitos e ruídos de comunicação entre os colaboradores de uma equipe;
• Oferecer um direcionamento eficaz para a contratação e relocação de colaboradores, de modo a colocar as pessoas certas nos lugares certos;
• Aumentar a produtividade por meio da congruência entre diferentes tarefas e seus respectivos perfis;
• Construir equipes de alta performance.
Por fim, para que o seu relacionamento com seu colaborador, parceiro e qualquer outro tipo de pessoa seja positivo, é de suma importância que você saiba quem é você. Você sabe? Qual o seu perfil predominante e qual você precisa desenvolver?
Pense nisso.
Um grande abraço e até a próxima.
Alex Martiniano.